TCE-SP afirma ter encontrado problemas em unidades de saúde de Mogi das Cruzes

Os resultados obtidos a partir de uma fiscalização feita pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) apontaram problemas no Hospital Municipal Prefeito Waldemar Costa Filho, em Braz Cubas, e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Oropó. A vistoria surpresa avaliou desde o atendimento até as instalações e documentação das unidades.

No espaço de Braz Cubas, foi notada a falta de um guichê exclusivo para idosos e pessoas com deficiência. “No atendimento inicial (o primeiro atendimento na recepção) todas as pessoas pegam a mesma fila, sem distinção. Inclusive, portador de necessidades especiais”, diz o relatório, que afirma ainda que o atendimento não é organizado.

A espera apresenta outro problema, tendo em vista que no dia da fiscalização as janelas estavam fechadas, mesmo sem contar com ventiladores ou ar-condicionado. Além da falta de ventilação, os pacientes muitas vezes precisam aguardar em pé, até mesmo os idosos já que os assentos não existem em número suficiente para suprir a demanda, em dias de maior movimento.

Outro problema relatado foi a falta de lacres ou alarmes nos armários/salas que armazenam medicamentos de alto custo e também os remédios controlados, que precisam estar em segurança. Situação semelhante foi encontrada na UPA do Oropó. Por lá, esse tipo de medicação fica armazenado em um armário que, apesar de contar com cadeado, estava destrancado. As duas unidades de saúde não contam com o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).

Em entrevistas na unidade de Braz Cubas, pacientes chegaram a relatar até uma hora e dez minutos no tempo de espera por um atendimento. Uma das pessoas ouvidas esperava há 30 minutos, mas afirmou que no dia 25 de novembro do ano passado chegou a esperar uma hora para ser atendida.

Na Unidade de Pronto Atendimento o tempo máximo de espera relatado foi de 30 minutos. Entretanto, algumas pessoas presentes no local disseram que o atendimento só estava indo rápido por conta da fiscalização que estava sendo realizada.

Os pacientes explicaram que geralmente ficam apenas uma ou duas funcionárias na recepção e na ocasião tinham quatro funcionários atendendo.

Além disso, a fiscalização afirmou que o atendimento nesta unidade não é cordial. “O atendimento é neutro, não é desrespeitoso, porém não chega a ser cordial. As recepcionistas não demonstram ter empatia com os usuários da UPA, apenas realizam os procedimentos necessários no computador, distribuem as senhas e raramente olham para o rosto do paciente”, aponta a pesquisa.

A fiscalização aconteceu no final de novembro do ano passado, pouco depois da mudança no gerenciamento da unidade, que passou da Pró-Saúde para a Fundação ABC. Devido a esse processo de troca, parte da documentação foi encontrada bastante desorganizada, enquanto outros documentos eram inexistentes, como o Certificado de Desinsetização.

Sobre o Hospital Muncipal, a Prefeitura informou que todos os apontamentos foram regularizados, inclusive a obtenção do AVCB.

Pasta cobra providências a responsáveis

Um dos problemas em comum encontrados em uma fiscalização realizada pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) no Hospital Municipal Prefeito Waldemar Costa Filho, em Braz Cubas, e na UPA do Oropó foi a falta do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o documento já foi emitido para a primeira unidade mencionada, mas nada foi falado sobre a UPA.

A Pasta disse ainda que está cobrando um posicionamento da Fundação ABC, Organização Social de Saúde (OSS) responsável pelo gerenciamento da unidade, sobre outros problemas relatados na vistoria.

Já a UPA vem sendo gerida por meio de um contrato emergencial pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS). Esse contrato vai até o dia 10 do próximo mês, mas deverá ser prorrogado por mais 60 dias porque o processo de licitação para escolha da nova administradora ainda está em andamento.

Fonte: https://www.odiariodemogi.net.br/tce-afirma-ter-encontrado-problemas-em-unidades-de-saude-de-mogi-das-cruzes/

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