TCE-SP aponta 135 obras paradas na área da Saúde no estado de São Paulo

Do total, 65 estão atrasadas e 70 paralisadas. Projetos são de responsabilidade do governo estadual e de prefeituras municipais.

Levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) identificou 135 obras paradas na área da saúde no estado de São Paulo. Os projetos são de responsabilidade do governo estadual e de prefeituras municipais. A capital paulista não entrou no balanço.

O Complexo Hospitalar Cotoxó, no bairro da Pompéia, Zona Oeste da capital, era para estar pronto há seis anos. Na tarde desta quarta-feira (16), alguns operários trabalhavam no lado de dentro do local, mas moradores afirmam que a obra segue em ritmo lento.Atualmente, essa é a obra mais cara da Secretaria de Estado da Saúde, com custo de quase R$ 63,5 milhões. Ela está no painel do TCE, que monitora as obras atrasadas ou paralisadas na área da saúde.

Uma nova placa indica que a entrega do complexo foi adiada para o final deste ano, com acréscimo de R$ 9 milhões sobre o custo inicial.

Do total de 135 obras monitoradas pelo TCE, 65 estão atrasadas e 70 paralisadas. A grande maioria, 126, é de responsabilidade das prefeituras. Nove são estaduais.

Mas em relação aos valores, as obras do governo do estado representam 55% do total investido: mais de R$ 145 milhões.

Os motivos para esses atrasos são variados. A apuração do TCE identificou casos em que houve demora na expedição de laudos ou que os repasses da União não chegaram quando prometido.

Para o especialista em administração pública, Marco Antonio Teixeira, tudo tem que ser considerado no prazo final da obra.

“Tem problemas que ajudam a entender, que vão desde o planejamento orçamentário, da frustração de receita. Às vezes a administração pública esperava contar com o dinheiro, a receita foi frustrada, ou então obviamente tem um problema que é técnico, ou seja, o plano da obra foi mal executado”, afirma.

A obra mais cara feita pelas prefeituras do interior na área da saúde fica em Cajamar. A placa ali diz que no prédio vai funcionar o Centro de Especialidades Médicas da cidade. A obra já consumiu mais de R$ 20 milhões e era pra estar pronta desde 2015.

O tribunal classificou a obra como “paralisada”, mas a prefeitura diz que ela foi retomada em abril deste ano. A obra foi interrompida em 2014 por causa da crise política em Cajamar. Em seis anos, a cidade teve treze prefeitos.

Em nota, a Secretaria do Estado da Saúde disse que das nove obras apontadas pelo TCE como atrasadas ou paralisadas, quatro já foram concluídas e estão funcionando. As outras cinco devem ser terminadas até o começo do ano que vem, incluindo o Complexo Hospitalar Cotoxó.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/09/16/tce-aponta-135-obras-paradas-na-area-da-saude-no-estado-de-sao-paulo.ghtml

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