Por prazo maior no TCU, leilão de áreas da cessão onerosa deve ficar para 2021

Prazos maiores para aprovação de regras de leilões de petróleo estabelecidos pelo Tribunal de Contas da União (TCU) devem empurrar a oferta de duas áreas do excedente da cessão onerosa para 2021, disse à Reuters o secretário especial de Fazenda, do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues.

Além disso, ele disse que o governo ainda busca uma melhor modelagem, incluindo um acordo de compensações à Petrobras, para definir a venda dos excedentes de Atapu e Sépia. Os blocos não foram arrematados nos leilões do pré-sal no ano passado em meio a bônus de assinatura bilionários e incertezas sobre pagamentos à estatal.

Inicialmente, o governo cogitava relicitar as duas áreas este ano. Mas essa possibilidade foi praticamente descartada, reiterou o secretário, que já havia sinalizado nesta direção em janeiro.

“O calendário está muito apertado (para ser este ano)… O mais provável é ser no ano que vem”, adicionou ele, lembrando que uma nova instrução normativa aumentou de 90 para 150 dias o prazo para o TCU analisar e aprovar as regras.

“E ainda temos o atendimento a regras da PPSA (Pré-sal Petróleo SA), o prazo para o acordo com a Petrobras para a compensação pelo entrante na cessão onerosa… Não descartamos um leilão este ano, mas o mais provável é fazer em 2021”, reforçou.

Ao final de janeiro, o governo publicou que a PPSA deverá representar a União em negociações com a Petrobras para estabelecer o valor da compensação a ser paga à companhia por investimentos já realizados nas áreas de Sépia e Atapu, no pré-sal.

PPSA e Petrobras também deverão chegar a um acordo em relação às participações da União e da cessionária nessas áreas, de acordo com a medida.

As áreas da cessão onerosa foram exploradas pela Petrobras após um acordo em 2010, que permitia a extração de até 5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), mas depois descobriu-se que havia mais petróleo na região, o que levou à licitação de 2019.

Sépia e Atapu, duas de um total de quatro áreas ofertadas em novembro passado, foram as únicas em que a Petrobras não exerceu direito de preferência para ser operadora, uma garantia prevista em lei.

Sépia foi ofertada com bônus de assinatura fixo de 22,9 bilhões de reais, e percentual mínimo de excedente em óleo de 27,88%. Já Atapu foi ofertada por 13,7 bilhões de reais em bônus de assinatura e percentual mínimo de excedente em óleo de 26,23 por cento.

Se pode não haver tempo para o leilão do excedente da cessão onerosa, o governo dá como certa a realização ainda este ano da 17ª rodada no regime de concessão, que deverá envolver mais de cem blocos.

Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2020/02/28/por-prazo-maior-no-tcu-leilao-de-areas-da-cessao-onerosa-deve-ficar-para-2021.htm

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