Do total de empreendimentos públicos com problema de cronograma na região, 61 estão paralisados
A Região Metropolitana do Vale do Paraíba já gastou R$ 1,46 bilhão em obras que estão paralisadas, segundo levantamento do TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo). Os dados referem-se ao quarto trimestre do ano passado.
A lista traz 142 obras públicas em 29 cidades, em áreas como saúde, mobilidade e educação, como construção de UPA, escolas e obras de pavimentação.
Do total de obras com problema de cronograma na região, 81 (57% do total) estão atrasadas e 61 (43%) estão totalmente paralisadas.
Há obra prevista para terminar em 2011 que ainda não foi concluída. Na comparação com o primeiro relatório do TCE, de abril de 2019, o número de obras com problemas na região aumentou 13,6%, passando de 125 para 142 –chegou a 143 no terceiro trimestre.
De acordo com o TCE, o relatório apresenta os dados de todas as obras paralisadas e atrasadas informados pelas prefeituras e os órgãos contratantes e fazem parte da plataforma ‘Painel de Obras Atrasadas ou Paralisadas’, desenvolvida pelo Tribunal.
No Vale, os 142 empreendimentos com problemas de cronograma somam o valor inicial de R$ 1,66 bilhão, dos quais R$ 1,58 bilhão já foram pagos, sendo que R$ 1,46 bilhão apenas em obras que estão paralisadas.
As prefeituras foram contratantes em 79% das obras –112 –, das quais 74 estão paralisadas e 38 atrasadas.
As demais obras são de órgãos públicos estaduais, como CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), Tribunal de Justiça e Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), que somam 30 empreendimentos, com sete paralisados e 23 atrasados.
São Paulo tem 1.412 projetos com problemas de cronograma
De acordo com o TCE, o estado fechou 2019 com 1.412 obras públicas com problemas de cronograma –716 paralisadas e 696 atrasadas. Distribuídos na capital e em 425 municípios, os investimentos nesses projetos, em valores iniciais de contrato, superam a casa dos R$ 43 bilhões. Com relação ao início de 2019, quando o TCE começou a monitorar as construções com problemas de cronograma, os números recuaram em 16%. estado tinha 1.677 obras públicas em abril com déficit no cronograma. Segundo o TCE, maior fonte dos recursos advém do governo federal (39%).
Casas em Cachoeira e contornos da Tamoios são obras mais atrasadas e caras no Vale
O relatório do TCE (Tribunal de Contas do Estado) aponta a construção de 170 unidades habitacionais e serviços de infraestrutura em Cachoeira Paulista como a obra mais atrasada do Vale do Paraíba. A previsão de conclusão era 2011 e, segundo o Tribunal, a obra está paralisada. O investimento é de R$ 7,33 milhões. Segundo o TCE, a informação do governo estadual é que o empreendimento está em “processo de rescisão e recontratação para conclusão”.
No geral, o Vale tem obras que deveriam ter sido entregues em 2014 (uma), 2015 (13), 2016 (14), 2017 (18), 2018 (23) e 2019 (60). Há ainda 11 obras com previsão para serem entregues em 2020, todas com problemas de cronograma, e uma para 2021.
Os contornos viários entre São Sebastião e Caraguatatuba, da obra de ampliação da Rodovia dos Tamoios, são os empreendimentos mais caros com problemas de cronograma na região.
Os quatro lotes da obra aparecem como paralisados, somando R$ 1,41 bilhão em investimentos já consolidados. Estado prevê a retomada em 2020.
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