TCU vê ilegalidade em compra e venda de gás do gasoduto Urucu Coari-Manaus

Tribunal responsabilizou os gestores da época por celebração de contrato

O Tribunal de Contas da União encontrou ilegalidades no contrato da Amazonas Energia e da Eletrobras para compra e venda de gás natural do gasoduto Urucu-Coari-Manaus.

Em seu voto, Aroldo Cedraz  responsabilizou os gestores da época por celebração de contrato sem prévia estipulação de preço certo e definido.

Selado em junho de 2006, o contrato determinava a compra e venda de gás natural entre a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) e a Amazonia Energia, para viabilizar a construção do gasoduto.

O contrato tinha a intermediação da Petrobras, da Eletronorte e da Eletrobras.

A obra foi entregue em 2009, mas, para o TCU, falhas de projetos e ineficiências construtivas foram transferidas indevidamente ao consumidor de energia.

O valor da obra do gasoduto passou de R$ 2,5 bi para R$ 4,5 bi, aumentando em 77% o preço do gás natural.

“Como bem resumiu a SeinfraElétrica, ‘ao assinar um contrato sem prévia definição do preço do gás, deixando esta variável atrelada ao custo da obra, os gestores da Amazonas Energia e da Eletrobras transferiam o risco do custo da obra totalmente para o consumidor de energia'”, escreveu o ministro.

Como o contrato é de mais de dez anos, o TCU considera que as empresas não podem ser penalizadas, mas recomenda que sejam comunicadas.

Fonte:
https://epoca.globo.com/guilherme-amado/tcu-ve-ilegalidade-em-compra-venda-de-gas-do-gasoduto-urucu-coari-manaus-23975116

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